Indio Maluco
Meu
tronco começou a balançar muito forte pra cima e pra baixo, num
movimento repetido como dos autistas. Fui me dar conta de que estava me
mexendo assim, depois de algum tempo e por causa de um relance de
estranhamento que captei no olhar de alguém. Tentei parar o corpo, mais
ele não obedecia. Tentei muitas vezes, mais sem sucesso. O ritmo do vai e
vem só fazia aumentar, passou-se um tempo não sei quando me tiraram
dali. E essa foi a mágica q me aconteceu por meio de um chá indígena.
Porque no estado habitual da consciência, essas realidades não se encontram perceptíveis.
O chão não estava no chão. Eu pisava e não sentia impacto algum. Abriu-se um portal nos meus interiores. Riam o tempo todo. Presenciei belezas transcendentais. Mais do que tudo coisas simples. Eu vi milhões de coisas em uma rapidez que a mente não conseguia processar. Passavam imagens, sons e sensações que nada tinham a ver com o de fora e, sim com processos de dentro da minha cabeça era um turbilhão, um mundo inteiro o universo girava dentro de mim. Caleidoscópio em todas as suas possibilidades. Eu precisava que ele parasse mais o universo não para e é infinito e não para, e contem todas as coisas e não para e, é infinito e não para e não para.
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